Psicóloga fala sobre desafios de lidar com as emoções em tempos de pandemia

Habilidades Socioemocionais foi

tema de live do Colégio Santa Úrsula

 

 

 

A psicóloga Denise Zanin, que integra a Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto, participou da live “Habilidades socioemocionais na pandemia”. A atividade, organizada pelo Colégio Santa Úrsula e direcionada para pais, alunos e professores, aconteceu em 27 de outubro. Ela foi mediada por Fernanda Beloube, coordenadora Pedagógica da Educação Infantil. A especialista falou sobre a importância de se comunicar as emoções, ainda mais em um contexto totalmente adverso como a pandemia.

 

Fernanda Beloube lembrou a importância de ajudar as crianças e os adolescentes a nomearem suas emoções. “Se não está sendo fácil para os adultos conseguirem buscar soluções quando não estamos bem, imagine para quem está em um período de crescimento e formação. É preciso mostrar como é importante olhar para dentro de si para entender o está acontecendo consigo mesmo”, ressaltou a coordenadora.

 

Atenção ao comportamento do adolescente

 

Denise Zanin disse que na adolescência tudo é mais intenso e que é preciso estar atento ao comportamento do adolescente, já que muitas vezes é possível identificar que há algo errado, justamente, por haver uma mudança nas atitudes. Essa fase é uma passagem identificada por uma onda de turbulência emocional, por isso, primeiramente, a família precisa ter tranquilidade para lidar com a situação, conversar com a escola, com os amigos, com quem está mais próximo para levantar informações. Dependendo do que se descobre é necessário procurar ajuda de um especialista.

 

Ela afirmou que é preciso ser verdadeiro com o adolescente e observá-lo, tentar conversar sempre. “Às vezes queremos resolver tudo muito rápido, com uma única conversa, e essa pressa pode cortar o canal de comunicação”, salientou.

 

 

Tecnologia e uso das redes sociais

 

De acordo com Denise Zanin, em relação ao uso da tecnologia, é importante impor limites, o que significa proteção. Segundo ela, muitas famílias tiram o celular do adolescente, mas o aparelho, na maioria das vezes, é a companhia dele. Se ocorre a retirada é preciso oferecer mais, ter mais tempo de convívio com ele, ser companhia também.

 

No caso das redes sociais, os pais precisam ficar atentos, pois a queixa pela falta de curtidas em uma foto ou a comparação com outras pessoas pode ocultar questões mais profundas. É possível supor que o adolescente esteja examinando seu valor social. Pode, aparentemente, parecer apenas uma preocupação estética, superficial, mas pode ser algo mais profundo, que diga respeito à autoestima, por exemplo.

 

Denise Zanin explicou que a pandemia tirou muitas coisas das pessoas, por isso, é necessário ouvir mais e se aproximar, compreender os pontos de vista do adolescente, buscar entender o que está se passando com ele.

 

A especialista ressalta que os filhos na adolescência querem se diferenciar dos pais e isso é saudável, portanto, é preciso respeitar a liberdade de pensamento, o direito de discordar, a privacidade, porque tudo isso faz parte do processo de crescimento. E depois disso, mais tarde, haverá uma reaproximação dos pais muito mais madura, lembrou.

 

Assista a live: https://www.youtube.com/watch?v=b2_ns2lFIZg

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